Vivemos o momento final da economia industrial baseada no consumo e estamos entrando na economia colaborativa, que busca o compartilhamento, a transparência e conexões.
A Economia industrial foi construída com base na ideia de que a riqueza é criada acumulando bens e vendendo aos poucos; e para manter isso, inventaram patentes, direitos autorais, segredos comerciais, certificações, credenciais e qualquer tipo de sistema que pudesse preservar o direito de explorar a produção.
Acumulávamos coisas, guardávamos por perto pois que acreditávamos que era assim que poderíamos viver o melhor da vida. O resultado era um enorme potencial perdido e uma capacidade inexplorada de pessoas que nunca tiveram sua chance. E por este e outros motivos, durante anos se escondeu o potencial empreendedor do brasileiro.
Economia colaborativa
E do outro lado, a nova economia que encabeça a transição do capitalismo industrial à economia colaborativa, pois usa recursos existentes, ativos físicos, habilidades, redes, dispositivos, dados, experiências e processos. Os sistemas “Ubers”, como atualmente são chamados, crescem com eficiência, e por vez, exponencialmente. Estes sistemas transformam a nossa visão de ativos: exclusivo (vs) compartilhado, uso comercial (vs) uso pessoal. Estes sistemas são criativos, e tem o potencial de aprender exponencialmente. Os “Ubers” revolucionam as regras de criação de valor: recursos compartilhados possibilitam as maiores eficiências, mentes pensando juntas criam as maiores inovações.
Este processo tem o potencial de criar mudanças em velocidade, escala e qualidade até então consideradas impossíveis.
Esta transição econômica transforma mercados e segmentos, pois surge desta economia, plataformas digitais capazes de revolucionar nossos dias colocando em risco empresas gigantes que a pouco tempo dominavam mercados.
Sempre depois que alguém inventa um processo capaz de vender exponencialmente com muito menos recursos, com mais eficiência e gastando muito menos, uma luz vermelha se acende e a partir deste momento, todo mercado é considerado ultrapassado e quem não conseguir tal tecnologia esta fora do jogo.
É isso que a Netflix esta fazendo com as TV’s por assinatura, o Whatsapp com as redes de telefonia e o Uber com os taxistas.
Pois quando isso acontece, ameaça não só o modo de conduzir os negócios, mas para eles está ameaçando o jogo como um todo.
Ameaça o sustento deles, seus empregos, ameaça o modo como operam.
E sempre que isso acontece em um governo ou em uma empresa, aqueles que detêm as rédeas e que estão com a mão no botão, vão a loucura.
Os que não estiverem reajustando seu processo ao novo modelo são considerados dinossauros.
Muito bom texto Cris. Parabéns!
Perfeito!!! ❤️❤️